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Arquivo Distrital de Beja
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CFXBJA
Colégio de São Francisco Xavier
1778/1779
001
Receitas e Despesas
1778/1779-03-09
Colégio de São Francisco Xavier
Description level
Fonds
Reference code
PT/ADBJA/CFXBJA
Title type
original
Date range
1778
to
1779
Dimension and support
1 liv.
Biography or history
o autor Túlio Espanca na obra "Inventário Artístico de Portugal Distrito de Beja", descreve com promenor os prinicpais momentos deste colégio,e que agora citamos:"as origens do Colégio de S. Francisco Xavier, de Beja, remontam ao ano de 1662, data em que dois padres jesuítas do Colégio de Évora promoveram, na cidade, a pregação da Quaresma, com licença do governador Alexandre de Sousa. No ano de 1670 em igual período os padres Diogo Lobo e João
Ribeiro comoveram e pressionaram as entidades administrativas, a nobreza, povo e a confraria de S. Sisenando - que lhes ofereceu a sua igreja para todo o serviço cultual - a escreveram ao Geral da Companhia de Jesus P. Paulo Oliva, com assento em Roma para consentimento da fundação de uma residência na cidade de Beja. A Câmara, presidida pelo juiz de fora Francisco de Abreu Colaço, fez o pedido em carta de 27 de Dezembro do mesmo ano, o qual foi reforçado por idêntico apelo do conde de Vidigueira D. Francisco António da Gama, filho do 1º marquês de Nisa D. Vasco Luís da Gama.
Em 1671 o cidadão bejense Manuel de Brito do Carvalhal, ofereceu-se como padroeiro da pia obra, estando como provincial, na altura, o pe. Antão Gonçalves e assessor Manuel Monteiro.
Todavia, D. Pedro II, primeiro como regente e depois como rei, dificultava o propósito dos jesuítas, parece que sugestionado pela prelatura eborense, mas a partir de 1680, através das diligências do padre alentejano Manuel de Matos dos confrades de S. Sisenando e de outras forças vivas, o pedido de 3 de Março de 1690 foi decisivo, pois contava como beneplácito da Rainha D. Maria Sofia de Neubourg.
Obtido o padroado desta princesa, que na altura viu coroada de êxito a sua gravidez, atribuída a milagre pela vinda de uma relíquia de S. Francisco Xavier, constante de um barrete autêntico, D. Pedro II concedeu em alvará a desejada licença, e a respectiva escritura de fundação se lavrou a 2 de Dezembro de 1693, dia do glorioso Apóstolo das Índias, na casa de S. Roque de Lisboa, representando a Rainha o desembargador António Pereira Basto e a Companhia de Jesus o províncial Sebastião de Magalhães.
As condições reais impunham que os bens da comunidade não excedessem o dote da fundadora, sem expresso consentimento do monarca, e a vivência humana seria de 20 religiosos inacianos, além dos leigos, que promoveriam o ensino colegial interno desta maneira distribuído: um reitor, um ministro-procurador, quatro padres missionários, que alternadamente percorressem no seu múnus espiritual a comarca de Beja e do Campo de Ourique; um perfeito de estudos; dois lemes de Teologia Moral; um mestre de Filosofia; dois mestres de Língua Latina; um mestre-escola das primeiras letras e dois irmãos coadjutores.
Este quadro nunca funcionou, pois o colégio apenas manteve, enquanto durou a sua penosa e inacabada construção, três padres missionários-assistentes. A primeira dotação de 2 mil cruzados aplicou-se imediatamente nos arranjos preliminares do edifício, planeado com particular grandiosidade em Lisboa e promovendo-se o lançamento da 1ª pedra da igreja nos meados de 1695.
(…) A expulsão dos jesuítas, decretada pelo Marquês de Pombal em 1759, despojou o imóvel de religiosos e provocou a interrupção dos trabalhos, na altura ainda muito atrasados, sobretudo no templo, até que D. José I, tendo criado a 10 de Julho de 1770 o bispado de Beja na pessoa do eminente prelado D. Fr. Manuel do Cenáculo, doou à metrópole o edifício, expropriado à companhia de Jesus."
Custodial history
Em 1988, a documentação, que se encontrava na Direção de Finanças, Repartição da Tesouraria do Distrito de Beja foi incorporada no Arquivo Distrital de Beja.
A documentação foi sujeita a tratamento arquivístico, no início da década de 1990. O grupo de Arquivos Eclesiásticos encontrava-se dividido por cinco Grupos de Fundos. Cada um deles é composto pelos fundos conventuais, neles se incluem toda a documentação proveniente do respectivo cartório, aquando da sua extinção em 1834. O Grupo de fundos foi organizado por Ordens Religiosas e ordenados alfabeticamente.
No ano de 2012, no âmbito do regulamento do Concurso: “Recuperação, Tratamento e Organização de Acervos Documentais 2012”, promovido e patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian, o Arquivo Distrital de Beja, apresentou a candidatura: “Projeto – Ordens Monástico-Conventuais no Baixo – Alentejo, 1415-1911”, processo n.º 123075, tendo a mesma sido aprovada. Esta candidatura possibilitou a mais recente intervenção arquivística possibilitando a descrição e digitalização.
Acquisition information
Incorporação proveniente da Direção de Finanças, Repartição da Tesouraria do Distrito de Beja em 1988.
Scope and content
Auto de averiguação de contas de receita e despesa
Arrangement
Organização em séries documentais correspondendo à tipologia formal dos actos.
Access restrictions
Comunicável, salvo os originais em mau estado de conservação.
Conditions governing use
Reprodução sujeita a restrições atendendo ao número, tipo de documento, estado de conservação e existência de cópia em formato digital. Sujeito à tabela emolumentar em vigor.
Other finding aid
ARQUIVO DISTRITAL DE BEJA - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Beja: ADBJA, 2013- . Disponível no Sítio Web e no Portal português de Arquivos. Em actualização permanente.
INSTITUTO DOS ARQUIVOS NACIONAIS/TORRE DO TOMBO - "Ordens monástico-conventuais: inventário: Ordem de São Bento, Ordem do Carmo, Ordem dos Carmelitas Descalços, Ordem dos Frades Menores, Ordem da Conceição de Maria." Coord. José Mattoso, Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha. Lisboa: IAN/TT, 2002. XIX, 438 p. ISBN 972-8107-63-3.
Inventário artístico de Portugal : Distrito de Beja. Lisboa : Academia Nacional de Belas Artes, 1992. 2 vol : il ; 30 cm.
Goes, Manuel Lourenço Casteleiro de, 1945- Beja : XX séculos de história de uma cidade / Casteleiro de Goes. - Beja : Câmara Municipal de Beja, 1999. - Vol. 2
Inventário dos cartórios recolhidos da Biblioteca Nacional, em 1912.
Related material
Portugal, Arquivo Nacional Torre do Tombo.
Portugal, Arquivo Distrital de Beja, Direção de Finanças, Repartição da Tesouraria do Distrito de Beja.
Portugal, Biblioteca Nacional de Lisboa.
Portugal, Biblioteca Pública de Évora.
Creation date
7/8/2011 12:00:00 AM
Last modification
1/23/2024 5:14:29 PM
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